FILOSOFRIO
FILOSOFRIO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
A dor de uma solidão estanca as horas pelas horas de um consolo chegar,
A cada lembrança intensa das suas remidas formas de consignação,
Da noite que está cronometrada no posterior pelo instante que está a chegar,
De um forte afago comprimido aos laços pela firmeza da compressão.
Que faz muito tempo, pelo tempo distanciado que custa a passar,
Dos vestígios que a cada investigação a trata da desguarnecida ocasião,
Daqueles transeuntes que estão as suas casas nas fontes a acobertar,
Dos abraços amorosos inseridos as vanguardas da tenebrosa paixão.
Nas angústias que vazam melancolias do amor de quem está por dar,
Dos banhos frios dos rios custosos por causarem instigantes calafrios;
Das conversas silenciosas por assuntos de quem está a conversar,
Das sombras sobradas as chuvaradas esperadas pelo seu terminável estio.
De um amor a evasão do calor que está seco para maior aumentar,
Sob as proteções proteladas das fechaduras das vedáveis trancas,
No sono deleitável nos relentos prontificados para conciso deitar,
Dos prêmios comprometidos das flores arrancadas das plantas.
E a embrulhar dos refúgios que comprometem as luzes dos brios,
Dos carinhos entrepostos nos afetos da apresentável contemplação;
Desejo confidencializado pelo odor ocultado do obcecado cio,
Lacres fechados pela cobertura encoberta da estampada vedação.
Do vento que arranca as folhas ultrapassadas dos cumes das árvores,
A lança mirada pela direção a que direcional chega a alcançar,
Das pedras branqueadas pelos esmerilhados polimentos das mármores,
Pelo calor de um conforto que uma afetividade chega a chocar.
Pelas bagunças embaralhadas das desordem que estão a desarrumar,
Barulhos ao longe acusam os desregramentos com os seus desvarios,
Trafegando pela embriagues de quem está descontrolado para embebedar,
A uma marquise duradoura procurada por um espaço que esteja vazio.
Descontroles a quem está desprotegido confidenciado por se matar,
Evasões das pretensões seguras as pestanas presas por um fio,
Da lua serenando nuvens pelo tenebroso tremor a atemorizar,
Na filosofia de um frio que do silêncio não pronuncia um sequer pio.