O Tempo e o Medo (em busca do amor perdido)
Eu peguei na mão do tempo
E quis conduzi-lo pela minha estrada
Ledo engano
Achava que poderia arrancar o ponteiro das horas
Destacar as folhas dos calendários
Para então ressuscitar o passado
Embriagar o presente
E corromper o futuro
Pensava que poderia congelar os momentos
E na frivolidade dos meus pensamentos
Deitar-me promiscuamente
Sob o lençol do amor
Para então tragá-lo em toda a sua essência
Mas era ilusão
Uma ingênua pretensão
Apoderar-me-ia se pudesse
Por entre caprichos e devaneios
Do eterno instante que decorre
Entre seu olhar e o meu desejo
Mas não posso
Nem mesmo escravizar os sentimentos mais banais
Assim como que por renúncia
Ou resignação
Deixou-os libertos
Reféns da dúvida
De que eu poderia tê-lo
Na complexidade dos meus medos
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
04 de setembro de 2016
.................................................................................................
CONVITE
Caro Leitor:
Se você tem alguma crítica, elogio ou sugestão sobre este texto não deixe de comentá-lo. Sua opinião é muito importante para que eu possa fazê-lo ainda melhor para você.