SAUDADES
No copo a caipirinha
Na cabeça tudo gira
O som esvasa-se ar afora
O pensamento distante
A saudade daquele dia
À vontade do porvir.
Um amor feito para dar
Uma alegria inibida
Rostos diferentes
Uma cor que não combina
A saudade a apertar.
O coração abatido
A solidão já perturbando
O tesão acumulando
Fazendo par ao amor
Com loucura a explodir.
A bebida desce
Queimando a garganta
O cigarro polui
Os pulmões que faz viver
Uma explosão guardada
A explodir sem distância.
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
03/05/1989
Querência do Norte – Paraná