Ócio martírioso
Sinto arroubos de ventos mortos.
Paralisado a muito pelo medo,
nada me comove
nem mesmo a poesia por quem vivo.
Perdi a luta na ânsia agastada
requestada de mim
assombrosa quietude me rouba a paz.
Nem sei falar de nuncas, pois de ser já nem entendo.
Sou o que restou de muitos falando por poucos.
Sou sozinho a dor que me dói dilacera só a mim.
Tentei agradar a tantos e esqueci de mim.
Escrevo com a alma, pois escrevo o que sinto.
Sinto em dizer que não mais sinto.
Nada mais de amores imaturos.
Amor que dilacera os sentidos
não é amor, é vaidade.