TACITURNO
As saudades incrustadas
Nos pergaminhos da memória
Deixaram laivos em mim
Sobrepujando as angusturas
Que, pranteado, as percorri.
Hoje, os meus cabelos brancos
Ostentam experiências tácitas
Das auguras vivenciadas
Nas dores que se foram
E das muitas que ficaram.
O clamor do meu profundo âmago
Trazendo tão sentir nostálgico
Faz de mim um ser cenobial
Vagante a sós, taciturno,
Num mundo que hiberna, aspectual!
A dor latente tem perfis nostálgicos.
No pranto silencioso
Dos meus olhos entreabertos
Que já não possuem lágrimas
Pois há tempos são desertos.