TACITURNO

As saudades incrustadas

Nos pergaminhos da memória

Deixaram laivos em mim

Sobrepujando as angusturas

Que, pranteado, as percorri.

Hoje, os meus cabelos brancos

Ostentam experiências tácitas

Das auguras vivenciadas

Nas dores que se foram

E das muitas que ficaram.

O clamor do meu profundo âmago

Trazendo tão sentir nostálgico

Faz de mim um ser cenobial

Vagante a sós, taciturno,

Num mundo que hiberna, aspectual!

A dor latente tem perfis nostálgicos.

No pranto silencioso

Dos meus olhos entreabertos

Que já não possuem lágrimas

Pois há tempos são desertos.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 31/03/2017
Código do texto: T5957493
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