Sem destino...
Moro onde não mora ninguém!
Onde o vento faz a curva!
Eu sou o ar, sou as árvores, e sou o vento
Sou as folhas, sou o mar, e sou o tempo
Sou o céu, e sou a terra, sou o próprio firmamento
Sou os pés feridos em bolhas
Sou o triste andarilho, que não tem contentamento
Que não teve muita escolha
Vagando eu vou pelas ruas andando sem
ter destino
Eufórico igual menino;
O meu teto é o céu e as estrelas
A lua que me ilumina é a minha companheira
Sou um em muitos milhões;
E ainda que eu não queira
sou mais um, com os pés no chão;
Mas ninguém tem dó de mim, e nem se quer compaixão
Vou seguindo meu caminho sem saber a direção
Sem saber onde chegar.