Desalento
Pego a lua,
ponho junto ao mar...
E eu, de frente ao mar,
na luz do proprio luar
respirando em meu desalento,
fico alí sentado a admirar.
Sinto a leve brisa em meu rosto,
que vem acompanhada
do barulho das ondas do mar.
Ondas que vão e que vem
com vibrações que afagam a minha alma,
acariciam as feridas do meu peito,
aliviando, assim,
as dores e sequelas que
teimam existir
bem dentro do meu coração.
Luz, lua e clarão.
Terra, brilho de estrelas.
Estrelas de areia.
Espelhos na areia.
Espelhos d'água.
Olhos de água.
Olhos de águia.
Ondas e mar que refletem
a tradução das lágrimas.
Lagrimas intrusas que,
sem pedir licença,
rolam, em desalento
pela minha face
na sutil palidez
do meu triste olhar.
(07 de Maio de 2016)