Bar abandonado

Bar abandonado

Longe de casa,

Fugindo para longe,

Respirando ares novos,

No nevoeiro do abandono.

Como colegas arrumo cigarros,

E um chopp meio gelado.

Corro de mim,

Dos meu anseios,

Suspirando entre medos e receios,

Num lugar desconhecido.

Arrumando casos alheios,

Enfrento meu próprio desespero.

Me apego no que ainda desconheço,

E de porto seguro uso meu desejo.

Viro fúria, viro clamor,

Sou a encarnação do desespero,

Do amor.

Sinto essa ferida,

Ela lateja, mas não sinto mais dor.

Ela me consome,

Me enobrece, me empobrece.

Uma ferida no ego,

Um golpe baixo, para um tolo quase apaixonado.

Mas de que adianta isso tudo,

Essa dor, esse amor, se no final

Eu termino no bar abandonado?

Minari
Enviado por Minari em 28/11/2014
Reeditado em 24/02/2023
Código do texto: T5051853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.