Digno de pena
Digno de pena
Sinto saudades de um beijo carinhoso,
Sei bem que sou só um carente manhoso.
Todos com seu par,
E no final,
Foram minhas escolhas que me causaram mal.
Sou responsável pela dor,
Crio sequelas do que um dia eu chamei de amor.
Tento virar poesia do que puro rancor,
Quando simplesmente viro um mau ator.
Sou digno,
De pena, piedade!
De dor, sem amor!
De morte, sem luto!
Sou imundo,
E só escuto suspiros, gemidos.
Cultivo a inveja silenciosa,
O ciúme que grita,
O choro que não sai,
A dor que anda sozinha.
Sou triste cheio de amor,
Sou masoquista cheio de dor,
Estou perdido e sinto falta do meu calor.