LÁGRIMAS REMANESCENTES

Nos recônditos de minha alma

Borbulham em camarinhas:

Tristes lágrimas remanescentes

Derramadas sob um sol distante

E num solo salpicado de estrelas!

Na diáfana luz do plenilúnio,

Somente os meus passos firmes são ouvidos

Nas madrugadas frias que me alucinam

Deixando-me assim: taciturno e divagante

Entre o incógnito presente e esta saudade sem fim.

São as lembranças mais queridas

Perpetuando uma clausura insólita

Que se incrusta na memória...

Entorpecendo meu coração que espera

Esperanças renovadas no raiar de nova aurora!

Minha mente voejante conflita com a morbidez latente

Que me faz um ser estranho por desejar ser liberto,

Mas sem esquecer as névoas pretéritas, difusas...

E, em perfeita analogia, sigo meu caminhar soturno,

Sempre cercado de gente, mas sempre sozinho no mundo.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 12/04/2014
Código do texto: T4765870
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