LÁGRIMAS REMANESCENTES
Nos recônditos de minha alma
Borbulham em camarinhas:
Tristes lágrimas remanescentes
Derramadas sob um sol distante
E num solo salpicado de estrelas!
Na diáfana luz do plenilúnio,
Somente os meus passos firmes são ouvidos
Nas madrugadas frias que me alucinam
Deixando-me assim: taciturno e divagante
Entre o incógnito presente e esta saudade sem fim.
São as lembranças mais queridas
Perpetuando uma clausura insólita
Que se incrusta na memória...
Entorpecendo meu coração que espera
Esperanças renovadas no raiar de nova aurora!
Minha mente voejante conflita com a morbidez latente
Que me faz um ser estranho por desejar ser liberto,
Mas sem esquecer as névoas pretéritas, difusas...
E, em perfeita analogia, sigo meu caminhar soturno,
Sempre cercado de gente, mas sempre sozinho no mundo.