Idiossincrasias

Se de tantas ou tão poucas,

fossem menos roucas minhas idiossincrasias,

talvez restasse mais alento por tal desatento.

Morro a cada dia e ressurjo um pouco mais tardia,

só não perco minha agonia,

fonte dos meus reparos,

névoa que mantém em embalos

o todo que me compete,

que consciência me propicia.

Daquilo que a ti pertence bebo o cômico, o circense,

reparto o parto do insólito, do imanente,

mas não queira me ser guia, nem repartir minha agonia,

são coisas de mim.

Débora Segala
Enviado por Débora Segala em 01/05/2007
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