UM INVERNO DE AMORES.
SOBRE O TELHADO O INVERNO DE AMOR.
Lá fora o retrato deste mundo, já são mais de meia noite o sol se foi deixando em seu lugar, infinidades de luzes lá no céu a brilhar, no infinito, no silêncio destas horas, um grito de amor à desforra, neste algo tão marcante que estremece, abalando corações.
O frio insiste em nos invadir neste meu aposento, mas nosso leito em proteção se defende deste feito, entre tecidos lanosos sobre este clima gostoso nas intempéries da vida, em realidades e sonhos, em primaveras, verãos, após o sol nascer, até nos invernos e outonos.
As ondas do mar bravio, chegam de muito longe, em desafio constante, com sonoras calmarias lambendo as areias da praia se desfazendo em lamentos dos intermináveis percursos como quisessem existir.
Nestas madrugadas tão calmas ao se aproximar novo dia, neste chalé tão distante, mas o vizinho mais próximo; este oceano tão nobre de profundezas incontáveis alastrando sobre a terra, avançando grandes eiras cobrindo grandes extensões.
Sobre a luz do novo dia sempre em sua companhia nesta estrada infindável de destinos memoráveis sempre juntos estaremos nem que sejas no inverno entre beijos e abraços nossos corpos entre laços vivendo um para o outro, sobre a brisa tão gelada em você vou me aquecer.
Autor Antonio Herrero Portilho