MINHA SOLIDÃO
 
Nunca estive sozinho, como comigo mesmo.
Não rezinguei da solidão, não cingi o coração.
Pois sabia que a solidão podia fazer mau outrem,
Mais nunca a mim mesmo.
Abracei a solidão como amiga e companheira,
Mergulhei na escuridão de mãos dadas e peito aberto,
Como se já nos conhecíamos de muito tempo
Ou já tínhamos morados juntos em outras eras,
Em outras almas, outros templos, outras quimeras.
A solidão que senti em meu canto, não podia dividir,
Era uma oportunidade única de se consentir.
Naquele momento, não bastava o sorriso amarelo,
O olhar de pena, o abraço sem vontade, o adeus com dó.
Já tinha notado os semblantes confrontados e vistos antes.
Já tinha sofrido mais, ficado sem semelhantes e não sentia só.
Mais ainda me sentia sem jeito de negar ajuda,
Ainda estendia a mão,
Baixava o olhar,
Expressava sensibilidade,
Não dizia não a qualquer ajuda,
E mesmo assim ainda sentir na face,
O beijo suave de Judas.
Minha solidão é o buraco negro de minha alma,
Sei contornar, já sei o caminho,
Já sei voltar sozinho.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 21/05/2013
Reeditado em 21/05/2013
Código do texto: T4301858
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