A VOZ DO VENTO
A VOZ DO VENTO
Falei com o vento, num momento de calma
Com tranquilidade na alma
Que escute com atenção o que diz o meu coração
Nele estão guardadas as melhores lembranças
Os sentimentos mais puros, a saudade mais intensa
O amor mais verdadeiro...
E o vento respondeu: - Tenha calma
Pois a saudades é um rio de correntezas lentas
E a profundidade é, uma variante intensa
As vezes mais, outras, menos densa
Mais a água é, límpida e transparente
E assim a gente sente onde os pés podem tocar
E o coração é o leito por onde corre o rio
E depende do amor, para ser quente ou frio
Se há amor, mesmo no frio é quente
Do contrário, no calor é frio
As lembranças são a correnteza, seguindo para o mar
Na busca do calor que só o amor pode dar
No coração nasce o rio, imaginado pela mente
Dos olhos veem, águas cristalinas e quentes
Que escorrem suavemente, formando uma corrente
E um oceano na boca, acaba por se formar
E num grande maremoto faz o silencio se quebrar
Tenha calma, diz o vento
Gurde todos os sentimentos no baú da esperança
E não deixe que as lágrimas, borrem a cor das lembranças
Porque a força das águas, que fazem esse rio
Vem da sua alma, mais precisam de calma
Para outra vez ser riso.
Aut: Mery de Almeida.
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