Um Travesseiro! TANBIÉN EN ESPAÑOL (Una almohada!)

Ao abrir meus olhos,

ofuscados,ainda,

pelas primeiras luzes da manhã,

só vejo um clarão disforme.

Minhas mãos,

trêmulas.

acariciam um travesseiro sem dona.

Dono?

Sim, ele tinha dona.

Outrora ele tinha, sim.

Ainda está aqui,

bem ao meu lado,

ao meu alcance,

como esteve o corpo dela em outros dias.

Sim,ele está aqui.

Inerte como sempre esteve,

como simples coisa que é,

e sempre será.

Testemunha silenciosa, complacente,

de um tempo que se foi,

assim como se foi o cheiro dela,

restando só o meu,

só o meu cheiro,

sem parceira,

sem amor,

sem toque,

poesia,

planos,

palavras,

sexo.

Somente solidão,

dos sentidos,

do corpo,

da alma.

Está frio,

muito frio.

Meu corpo,

apesar disso,

descoberto.

À espera do agasalho,

que foi o corpo dela.

Só à espera ...

Pois continua frio ...

Uma névoa gelada me circunda.

Vejo ,

de cima,

flutuando que agora estou,

um corpo,

inerte,

deitado por sobre um travesseiro ...

Una almohada!

Al abrir los ojos,

ofuscado también

la primera luz de la mañana,

Sólo veo un destello deforme.

Mis manos,

temblando.

acariciar una almohada sin dueño.

Propietario?

Sí, había poseído.

Una vez que tuvo, sí.

Aún aquí,

a mi lado,

en mi poder,

cómo era su cuerpo en otros días.

Sí, está aquí.

Inerte como siempre,

Tan simple como eso es,

y siempre lo será.

Silencioso, complaciente,

una vez fue,

como si fuera su olor,

dejando sólo la mía

sólo mi olfato,

sin pareja

sin amor,

no toque

poesía,

plano

palabras

sexo.

Sólo la soledad

los sentidos,

cuerpo,

el alma.

Hace frío,

demasiado frío.

Mi cuerpo,

sin embargo

descubierto.

Esperando el abrigo,

que era su cuerpo.

A la espera ...

Por frío continúa ...

Una niebla helada me rodea.

Ya veo,

anteriormente,

Ahora estoy flotando,

un cuerpo,

inerte

Por acostado en una almohada ...

Webmar
Enviado por Webmar em 25/03/2013
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