Absurdos
O silêncio absurdo
Penetra como uma faca
Na solidão!
Dilacerando
Suas certezas,
Expondo sobre a mesa
Sua inquietação.
A chuva caindo
O gotejar de sua torneira
Rompem o vazio,
Preenchido
Com a fúria irritante
Do caminhar das horas.
Um espelho
Que o desprezava,
Restos de vinho
Em uma arranhada taça.
Sobras
De duvidas,
Inacabadas.
Fechar os olhos
Abrir a mente
Saco de pancada da vida,
Há quem finja que aguente.
Fim trágico
Se conformar
Em ser mais um,
Como tanta gente.
A luz que brilha
É apenas um reflexo,
Da escuridão que se faz
Tão presente.