A SOLIDÃO

 
Esta solidão, que ilude meus olhos,
Revelando tuas roupas jogadas, 
Misturadas com as minhas...
No chão do meu quarto, vazio.
 
Esta solidão, que revela tua silhueta,
Na pouca luz de um abajur, solitário...
Desvirtuando um desejo, involuntário!
Que destinei a teu corpo, em fogo.
 
Esta solidão, contrita, em minha cama,
Sem querer sair, sem destino, certo...
Vagueando por perto, sem desistir,
Revirando lençóis, com teu perfume.
 
Esta solidão, invadindo meu hábito,
Abrandando minha alma, contida...
Rasgando minha carne, sugando o sangue,
Revelando meus cânceres!
 
Esta solidão, que pulsa no coração,
Causando espasmos neurais vitais,
Abalando minha alma indecisa,
Deixando tatuadas as feridas.
 
Esta solidão, comparsa da paixão,
Parceria cruel, contra amor real,
Uma assume, a pura e leve alma...
A outra, domina o corpo, em chamas!
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 13/10/2012
Reeditado em 03/07/2017
Código do texto: T3931050
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.