SOLTEIRÃO
SOLTEIRÃO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Estado sentimentalmente de quem se encontra só,
Sem amor, sem propósito parecendo um ninguém,
Sem nada na vida, na convivência e sem alguém.
De dentro de casa ouve-se um barulho viajante de um expresso trem.
No silêncio de um leve e inconstante pó,
Em um lugar onde nada existe a alho poró,
No vazio abandonado sem ter ninguém.
Carências as espreitas dos contraídos xodós.
Dentro desta insígnia congestiona algo como um nó,
Como no vazio daquilo que as pessoas pouco têm, ou nada têm.
Da espera pelo que de surpreendente entra de porém,
As novidades conjugadas que surgem a imaginação de quem sustenta um vulto de forrogodó.
Pelas sombras a demonstrar que há alguma finalidade mais além,
Na demorada esperança que surgem como armas ao que se abstém,
Da imagem que transparece a um velho paletó,
Servindo a qualquer hora como resolução que a sugestão convém.
Estando sem companhia, sempre indo mais aquém,
Desejos que vem a tona na liberdade de quem está preso a um atado cipó,
Talvez no que possa surgir um alguém,
Este alguém será de bem vindo como uma coisa a cós.
Da ilusão que nas certas horas pode transmitir um senhor bem.
Ou por luzes que atravessam distâncias as focalizações dos faróis.
Da junção de uma metade a outra como da cachoeira ligado a foz.
Pelas despedidas, encontros, ou voltas que as vezes ficam num excêntrico vai e vêm.
Como quem tudo tem, e por pouco caso leva tudo ao desdém.
Ou pelo que nada tem como um insurgente totó.
Ao que vive coerente por uma ocasião atroz,
Como das significantes palavras a exaltar: Um enfim sós.