Desejo da alma
E a morte murmurou:
Dentre todos os que vagam,
Eu escolho você!
Para desafiar o sofrimento
E toda dor que é se libertar,
E teu grito abrirá os olhos dos demais.
Teu sangue lavara
A alma dos não puros,
As cicatrizes serão tua marca
E delas, será apontado por todos,
Como sujo, como tolo!
Sentirá o peso da culpa em tuas costas,
E tua mão fraca,
Não tocará a minha.
Em tal momento saberá
Que não adianta olhar para os lados,
Estará sozinho
E desta solidão, viverá!
Assim tua boca seca, partida,
Não poderá profanar meu nome.
Assim a companhia da morte
Será tentadora, embora tua mente covarde,
Não há deixe lhe acompanhar.
Vagará como indigente
Revivendo teus erros,
E tuas lagrimas secarão.
Será rei de tua loucura!
Peão dos teus desejos!
Escravo do teu sofrimento!
Em meio tua alma mutilada
O desejo lascivo por vida,
Se torna visceral!