SOLIDÃO

 
Esta solidão, que abraça meu corpo!
E o mergulha, em um poço profundo...
Retém meus sonhos, meu alento,
Extraindo da retina o talhe do mundo.
 
Neste mergulho, debato-me, em desespero,
Nas paredes escorregadias de lodo,
Que empreguinada, minha alma luta,
Para desgarrar das presas desse medo.
 
Esta solidão, que me conduz incerto!
Sufocando meus desejos previstos,
Revelando meu corpo nu e deserto,
Em pleno deleite do mau previsto.
 
Desata meu corpo e acende minha alma,
Solidão algoz, dona do destino insano,
Recorre aos desatentos zumbis da rua,
Que acende nas noites, cintila do sono.
 
Afasta-se de mim, solidão desumana,
Quero meu sorriso exposto nos vitrais,
Percorrer os caminhos, antes traçados...
Sem culpa, entre todos os mortais.
 
Foges solidão, sem rumo, em desertos tristes,
Não deixes rastros, pelo caminho, ande ausente,
Esquece a mim, que atordoas e arde o peito,
Todas as vezes, que sem motivos, apareces.,,
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 04/07/2012
Reeditado em 03/07/2017
Código do texto: T3759771
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