Sem Amor

Somos transeuntes neste Mundo,

E é assim mesmo que eu me sinto:

Eu não faço parte dele.

Desde pequeno

Nós competimos em tudo:

Pela bola,

Pela garota

E pela cerveja!

E desde pequeno

Eu sempre perdi:

A bola,

A garota

E a cerveja!

Sempre ouvindo sermão

Com a sutileza Bárbara

Do meu pai:

Quando você vai arrumar uma namorada?

Fui obrigado muitas e muitas

Vezes a me entregar

Ao amor pago

Das prostitutas,

Ao whisky barato dos termas

E às noites mal-dormidas...

Sem companhia de um amor de verdade...

Se companhia de um amigo de verdade...

Difícil a vida para um tolo como eu!

Sentei na escadaria da minha casa

E com a cabeça baixa,

Parecendo um filósofo desanimado,

Lembrei de anos atrás

De uma garota da escola

Por quem era apaixonado.

Certo dia, tomei coragem e lhe disse:

Eu te amo!

Ela riu,

Debochou,

Perguntou se estava bêbado...

Ao lembrar-me disso,

Levantei,

Fui rumo ao Cabaré.

Diogo Abreu
Enviado por Diogo Abreu em 29/06/2012
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