NOVAMENTE SÓ
Novamente só...
Entre os escombros de castelos de areia,
Entre ruínas de muralhas alheias.
Só, como a árvore seca que anuncia o deserto,
Que já foi pasto, já foi vasto...
Depois da prévia do fim do mundo,
Como o cão que ficou pra trás,
Que olha triste, profundo...
Buscando passos que não voltam mais.
Piso vazios que me preenchem
Retorno caminhos que não me acham ,
Corro sentidos que me enlouquecem...
E assim, bem só, me quebro em preces.
Pensa-me monge tudo que é longe
E o que é perto de mim se esconde.
Assim tão só...
A casa em breu:
Sem luz, sem voz,
Como um poema que ninguém leu...
Só sei ser só
De tanto só
Que tanto sou...
E mesmo em pó
Serei o só
Que me restou.