Solidão começa assim

A morbidez acalentando a noite

pisando leve os passos da esperança.

E é quando sonâmbulos seres

se procuram e não se encontram,

que o silêncio se transforma

em grito surdo e cortante

no íntimo destes seres...

E o sofrimento a nascer...

O nada é mais visível...

Penetrante inquietação arvora,

da pele...

Busca inconstante que se parte

Num momento qualquer da vida

quando o eco da procura

encontra resistência no futuro.

E o tempo engole impiedoso

noites e noites sempre iguais

de incontestável solidão!

Já não se pode voltar

não há marcas no caminho.

E a morbidez aumenta...

Perde-se então no esquecimento

... e na caracterização...

SCRPardo

SCRPardo
Enviado por Maria José Araujo Rosa em 15/12/2011
Código do texto: T3390692