Solidão começa assim
A morbidez acalentando a noite
pisando leve os passos da esperança.
E é quando sonâmbulos seres
se procuram e não se encontram,
que o silêncio se transforma
em grito surdo e cortante
no íntimo destes seres...
E o sofrimento a nascer...
O nada é mais visível...
Penetrante inquietação arvora,
da pele...
Busca inconstante que se parte
Num momento qualquer da vida
quando o eco da procura
encontra resistência no futuro.
E o tempo engole impiedoso
noites e noites sempre iguais
de incontestável solidão!
Já não se pode voltar
não há marcas no caminho.
E a morbidez aumenta...
Perde-se então no esquecimento
... e na caracterização...
SCRPardo