Abandono

Sinto a ausência do olhar que me devora

Que me oprime e me aprimora

Que me ilude e me invoca

Que de mim absorve todos os desejos.

Em sua brecha perco o sentido

E navego sem rumo para o abismo

De uma vida vagabunda e sem juízo.

E nas horas moribundas

Quão bêbado ilustrando a rua

Perco-me na malandragem mundana

Que presencia o desprezo surgir do acaso.

De um acaso tramado...

Compactuado...

Com as infiéis realidades da vida

A rejeição de um amor sentida

E um abandono cruel e malicioso.

Yuri de Oliveira
Enviado por Yuri de Oliveira em 10/12/2011
Código do texto: T3381274
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