Solidão - cárcere da loucura
O grito de dor ecoa pra dentro d’alma
Tão só
Tão solitária
Tão confusa
Tão desorientada
Quero abrigo
Quero consolo
Quero acalanto
Alguém pode parar meu pranto
Alguém pode avivar meu espírito
Liberdade
Liberdade
Liberdade
Tenho que sair deste cativeiro
Que acorrenta meus pés
Que amordaça minha boca
Que venda meus olhos
Que tampa meus ouvidos
Que prende minhas mãos
Ô, grades de ossos
Ô, chão de espinhos
Ô, lugar horrendo
Os dias escorrem como as lágrimas em meu rosto
Uma flauta chora
Um violino chora
Dança a tristeza
No palco do meu sofrimento
Uma flauta chora
Um violino chora
Dança a solidão
Riscando o salão a minha dor
A sanidade é louca
A loucura é o escape
A válvula é a languidez
E a explosão faz imensas crateras
No meu coração castigado
Abandonada nesse lugar
Condenada ao esquecimento
Sucumbida por lamúrias tantas
Eu não me escondo das pessoas
Elas que se afastam de mim