Esquinas do azar e do acaso
Faço-te um esboço da solidão,
Fácil, um papel em branco;
Convivo e converso com tantas almas,
Ainda assim escriturei a macumba de uma esquina.
Eu sei decor sobre indiferenças,
Sei ver fantasmas que não morreram.
Eu adormeço com tantas vontades
E acordo com a certeza da inutilidade.
(Ou o devaneio febril do sapato assombrado).