Esquinas do azar e do acaso

Faço-te um esboço da solidão,

Fácil, um papel em branco;

Convivo e converso com tantas almas,

Ainda assim escriturei a macumba de uma esquina.

Eu sei decor sobre indiferenças,

Sei ver fantasmas que não morreram.

Eu adormeço com tantas vontades

E acordo com a certeza da inutilidade.

(Ou o devaneio febril do sapato assombrado).

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 25/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3296752