Deuses mortos e orações para o nada
Sou tão carente e idiota,
Um tanque cheio de água, pólvora e fogo,
Um perdedor contraditório,
Sem uma balsa que atravesse esse rio de indecisões.
Não estou falando sobre auto-piedade,
Nem amor próprio, vaidade ou peito estufado,
Estou falando sobre aquele que perdeu o ônibus,
Quer carona, mas não tem o dedo adequado.
Sei que minha solidão é quem me abana nos dias quentes
E quem me aquece nos dias frios,
Mas sou tão carente e idiota;
Quem sabe eu precise de algum imaginário deus sem igreja?