QUANDO O SOL SE VAI...

O sol debruça-se no poente...

Abranda-se a luminosidade

dos seus raios coloridos,

deixando na Terra, angústia sepulcral,

na qual, cada momento incrusta na alma,

sombras de tristeza

no silêncio que atemoriza e domina

olhares profundos, serenos...

Um vento frio repentino

entristece o viço das flores

e afugenta o balançar da brisa,

enquanto o tenebroso invólucro

de sorrateira e impiedosa solidão,

dissemina lágrimas silenciosas

como a enunciar o prelúdio

da ruptura do mundo!

As paisagens são ofuscadas

pelos lírios derramados

num dossel flutuante

sobre sombras que esperam

o abraço da noite

que se avizinha esplendente,

vislumbrando esperanças redivivas,

até a aurora vindoura

de um novo sol de alegrias!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 05/03/2011
Código do texto: T2829993
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