QUANDO O SOL SE VAI...
O sol debruça-se no poente...
Abranda-se a luminosidade
dos seus raios coloridos,
deixando na Terra, angústia sepulcral,
na qual, cada momento incrusta na alma,
sombras de tristeza
no silêncio que atemoriza e domina
olhares profundos, serenos...
Um vento frio repentino
entristece o viço das flores
e afugenta o balançar da brisa,
enquanto o tenebroso invólucro
de sorrateira e impiedosa solidão,
dissemina lágrimas silenciosas
como a enunciar o prelúdio
da ruptura do mundo!
As paisagens são ofuscadas
pelos lírios derramados
num dossel flutuante
sobre sombras que esperam
o abraço da noite
que se avizinha esplendente,
vislumbrando esperanças redivivas,
até a aurora vindoura
de um novo sol de alegrias!