Defrontado-me com a cachoeria,

que barulhenta espalha suas aguas,

Formando no ar uma zoeira,

Levando as minhas magoas.

Quero ficar aqui diante de ti,

Oh espetáculo magnifico,

Gozar o canto do bem te vi,

Fingir que vou mas eu fico.

Sem vontade de voltar ao antigo abrigo,

Onde só me vejo entre varios livros,

Pisando na grama me sinto amigo,

Das flores que ao longe diviso.

Amansando meu ser cansado,

Das lides da vida solitária,

Me sinto de alguma forma recompensado,

Dessa decisão arbitrária.

Não reclamo de ser só,

Nem gozo tal situação,

A vida não é um nó,

É uma tribulação.

Olho a cachoeira barulhenta,

Vejo a brisa que ela espanta,

Lembra a vida na tormenta,

Que de alguma forma canta,

Sozinho vivo e viverei,

Sozinho serei enterrado,

Não, não sofrerei,

por não ter te ao meu lado.

Foge de mim solidão,

Pois enquanto comigo querer,

Bater o meu coração,

Dizendo Prá que sofrer?

ANEZIO
Enviado por ANEZIO em 19/08/2010
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