Diálogo com a poeira
E encontrar tempo...
Entre a rotina tempestuosa
Do entardecer...
E encontrar dentro do escuro
Do quarto dos quatro anos...
Como se o diálogo comigo
E com o caro leitor não acabasse...
Fosse eterno...
E escrever na poeira
Acumulada nos cantos
Do escuro globo
Que irá se sujar,
Que se contaminará...
Mas é no tempo,
No vento da tempestade das 18:00,
É na ausência dos postes de luz,
E sob as árvores, criança,
Que você se fortalecerá.
Humanos têm pele.
A pele caleja.
Isso é um fato que não deve ser passado despercebido.
Respiro.
Porque penso.