Diálogo com a poeira

E encontrar tempo...

Entre a rotina tempestuosa

Do entardecer...

E encontrar dentro do escuro

Do quarto dos quatro anos...

Como se o diálogo comigo

E com o caro leitor não acabasse...

Fosse eterno...

E escrever na poeira

Acumulada nos cantos

Do escuro globo

Que irá se sujar,

Que se contaminará...

Mas é no tempo,

No vento da tempestade das 18:00,

É na ausência dos postes de luz,

E sob as árvores, criança,

Que você se fortalecerá.

Humanos têm pele.

A pele caleja.

Isso é um fato que não deve ser passado despercebido.

Respiro.

Porque penso.

Sabrina Vieira
Enviado por Sabrina Vieira em 20/03/2010
Reeditado em 28/09/2012
Código do texto: T2149902
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