Ninguém me ama (solitário II)
Vento lá fora sopra lamento
Minha face banhada a prantear
Lágrimas para decepcionar
Criatura a sobrar desapontamento
Fui senhor de meus sonhos
Hoje sou escravo da idolatria
Por aquela moça que nunca partia
De meus insistentes pensamentos
No coração agora só resta dor
Imaterializada no platônico
Do meu ser esquizofrênico
Que nunca sentiu na carne o ardor
Dos jovens enamorados
Casais que realizam emoções
Penetrando nos corações
Vermelhos, pois desejados
Desaguada minh’alma aflita derrama
Azul frio de renúncia solitária
Doente em infinita lamúria
Sofrendo, pois ninguém me ama...
Diego Rocha