SENSIBILIDADE
Reside nessa conciencia veloz e absorta
Os labirintos do mundo,
Latente e infernal.
Forças infinitas da solidão atenta.
Emoções despidas de fracasso,
Profundas e íntimas.
Nas veias, o sangue sublime da dor,
De angustias excêntricas e originais.
Intimo emulado, sagaz, clássico,
Na rejeição do racional revelado
Como fuga derradeira
De um coração sensível.
Desfacelados são os sonhos de outrora.
Convulsões quebradas,
Conhecimento efêmero,
Âmago dilacerado,
Pelos opacos sons surdos
Em ledas madrugadas.
Surge nessa busca de incertezas
A veracidade do desejo,
De estar só em mim...
A fisionomia dessa plenitude
Comove meus passos lentos.
Transbordamento contemporâneo
Da vivacidade, plenitude
Que abriga a compreensão,
No éter refletido da alma.
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Ieda Alkimim