Do esquecimento

Completamente triste e solitário, segue o cavaleiro cabisbaixo.

Em ritmo de derrota.

Sem esperanças.

Ausente de conquistas.

Tão triste quanto solitário.

Tão perdido quanto vencedor.

Esquecido em sua casa.

Intoxicado pela falta de palavras.

Deprimido pela falta de movimentos.

Caminha de lá pra cá.

Da sala para a cozinha.

Repousa nas paredes do quarto.

Enlouquece a cada segundo que lhe é tirado de vida.

E desperdiça seus talentos e seus sonhos e desejos...

Perdido num sofá no canto da sala.

Amargurando o mais impiedoso golpe da solidão.

Amargurando o amargo gosto da vida.

Sentindo o vento levando o tempo que não tornará a voltar.

Sentindo o tempo levando o vento.

Desprezando a vida que se demonstra antes os olhos.