SÓ... SIM...


 
 
SÓ...
Estou,
Por querer;
Eu quis ficar.
Pensar calado,
Que separação
Era só o começo,
Do fim daquilo que eu fiz.
Preciso parar, me isolar;
Fugir de tudo, sair do mundo,
Sem deixar rastros, pra ninguém mais ouvir
O que diz este meu coração chorando.
Sentir na pele a solidão fatal;
Vencer a dor do amor perdido.
Eu?, Só quero estar sozinho;
Reciclar minhas idéias,
Revisar sentimentos
Por certo errados,
Ruins, confusos.
Sugerindo
Pra gente
Dizer:
SIM...

 


 
 

Nota do autor:
 

Escrevi este poema há muitos anos atrás com o propósito de elucidar um trabalho escolar. Isso na década 1950. Bem depois, já em 2.004 quando estudava metrificação poética, formas e rítmos, acabei criando esse novo estilo e o formatei começando com uma sílaba, o “SIM”, aumentando sucessivamente, indo até no limite de doze sílabas. Daí retornando, diminuindo até a palavra “SIM” [última sílaba]. Espero que o leitor aceite e goste dessa minha criação, que nem um nome tem. O meu ídolo e querido amigo, poeta CASTELO HANSSEN o classificou como “um estrambólico SÓ... SIM".