DOIDIVANA

No seu mundo diversivo

De prazeres sensuais,

As paixões são sempre ardentes

Em quiméricos madrigais.

As volúpias de carícias,

Em toques extasiantes,

Culminam a sobejante entrega

No seus dias sempre iguais.

As entregas amantíssimas

E os beijos mais cakorosos

Despojam os preconceitos

No ápice do ardor maior.

Nos seus dias de crisálida,

Fantasias e ilusões,

O seu mundo se resume

À meia luz do divã.

O futuro já não importa,

Os amantes multiplicam-se.

A entorpecida boemia

Dita as regras do amanhã.

Amores? São passageiros

E breves são seus momentos.

Na passarela afrodisíaca,

Não desfilam sentimentos

Um dia, a pobre donzela

Dá sinais de decadência:

As rugas mais ostensivas

Afastam os amores calientes.

Nada plantou pra colher...

A beleza desvaneceu-se!

E por fim as lágrimas sentidas

Caem soltas no tapiz

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 13/12/2008
Reeditado em 10/11/2024
Código do texto: T1333214
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