Versos de uma alma

Lá fora a chuva cai em silêncio.

E nessa noite vem me falar.

Que nasci para ser sozinha.

E que não adiantava chorar.

Por um momento os trovões quebraram.

Esse silêncio atordoante.

E no céu eu vejo brilhar.

Meus sonhos por um instante.

Mas acabo perdendo-me em mim.

E já não sei o que fazer.

Se lastimo ou faço uma prece.

Mil interrogações assolam o meu ser.

Tive tudo que um ser humano busca.

E em meros momentos consegui destruir.

O que conquistei com muita luta,

hoje simplesmente deixou de existir.

Não sei se quero algo mais.

Já não vejo nenhuma razão.

Hoje sou fonte perene de lágrimas.

Entregue as garras da solidão.

E assim vejo minhas horas passando,

e os dias me consumindo...

E eu aqui cada vez mais triste e sozinha.

Nem sei porque ainda estou existindo.

Logo adormecerei...assim sinto.

E mais uma página de minha vida passou.

Não sei para quê acordar...

Se perdi o que meu ser um dia gerou.

Tantos sonhos...hoje adormecidos.

Enterrados em meu passado.

Já não sou nada, nem quero nada.

Sou um ser por fim fracassado.

Quem não entende de solidão.

Nesses versos não irá perceber.

A dor de uma alma.

Que já se faz padecer.

Agora o sono avisa-me

Pede-me para essa poesia findar.

E assim termino esse dia.

Com eternas lágrimas em meu olhar...

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 02/10/2008
Código do texto: T1207613
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