Intragável
Eu morri hoje
E acordei com fome de respirar
Ando por todos os buracos
Dos mais sujos aos mais hipócritas reverenciados
Uma dor de cabeça intensa
Vontade de quebrar essa cara pálida que me olha
Que sempre me diz: olá com um sarcasmo intragável
Tosse seca e cabeça deslumbrada
Com o pior dessa beleza que me aguarda
Eu estou morta
E meu túmulo é essa vida insuportável
Que preciso!
Que preciso!
E as minhas cartas ridículas de amor
Dançam solitárias por ai
Nas gavetas de um mundo que desisti
De querer trazer para mim...