Não vou fingir

Já dizia o grande " Pessoa".

Que o poeta é um fingidor.

Camuflando os seus sentimentos.

Os sentimentos, de que é possuidor.

Concordo com o seu conceito.

Mas, agora não vou camuflar.

Nestes versos deixarei expresso.

As cruzes do meu penar.

O que mais me deixa entregue.

E, perdida na solidão.

É as armadilhas que arma.

Este meu pobre coração.

Ele me pega de jeito.

Me deixa muito indefesa.

Sem rumo, sem direção.

Uma frágil e fácil presa.

Amar é bom, é uma benção.

Mas, sempre nos trás um sofrer.

Por amor eu vivo a sonhar.

Por amor estou a escrever.

Mas, dependendo da condição.

Em que me deixa o amor.

Ás vezes foge-me a inspiração.

Fico submersa em minha dor.

E assim eu vou vivendo.

Vítima de uma grande dor.

Que me deixa entregue.

As garras de um imenso amor.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 26/08/2008
Código do texto: T1146719
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