Balada Nômade

"E a estrada se torna a única coisa a qual sou fiel"

Eu tenho algumas moedas de dinheiro qualquer

Eu tenho alguma melancolia de amor sequer...

Eu tenho uma falta que nem Freud explica

Eu tenho uma lástima qual minha vida complica.

Viajo por sete mares e mil terras

Com olhos azuis bem abertos,

Cabelos muito negros e ruivos

Me cobrem ternamente como manto

Eu busco tudo aquilo qual me encanto...

Pela noite trago o vinho e brindo a fumaça,

Bailo com meus delírios e imagino mil virgens líriais

- Quais possuem o mesmo rosto, o rosto dela...

E pelo som da flauta que encanta

Os tais encantos e ratos sujos...

Uma cinza braseira me aperta,

O som ressoa em semi-tons.

Logo embriagado em imagens, eu durmo,

E pela noite a tenho em meus braços

Acordando gelado na aurora já morta

De novo e eternamente em solidão.

Ralph Wüf
Enviado por Ralph Wüf em 19/07/2008
Reeditado em 08/08/2008
Código do texto: T1088304