Atire a primeira pedra
quem não viveu um segredo.
Segredos antigos, enlodados,
Esperando serem contados,
E ferrugem a lhes carcomer…
Há segredos de desejos…
Ensejos e de beijos
Já dados ou a acontecer.
Há segredos de morte,
Há os que dão sorte,
E há os que são tão tolos!
Velar por um segredo,
É uma espécie de degredo,
Por não haver onde pô-los.
Há segredos excitantes,
Mantidos entre amantes,
O segredo traduz medos.
Há segredos arrepiantes,
Que na boca de falantes,
Só agravam seus enredos.