Abismo
No abismo da dúvida,
Exausto de tanto me desatar
Em crises amargas,
Que deixam minha mente bagunçada,
Aos poucos senti meus calcanhares
Desgrudar.
Eu fui caindo
Numa profunda incerteza
Que me deixou surdo
No silêncio da queda
E minha voz branda
Foi sumindo
Na vasta escuridão
Em um declínio sem fim
Escutei o baque do meu coração
Se arrebentando em mim.
O silêncio foi rompido,
Quando minha queda
Foi interrompida
Pelo bumbo do meu coração arrebentado,
Mas propulsor,
E a escuridão foi ganhando cor
Dançando com nossa decolagem,
Como estrelas cadetes, fizemos nossa viagem.
Aprendi uma honrosa lição,
Que apesar dos medos e das incertezas
Sempre posso contar com meu coração
Embora estável, porém, persistente
Sempre irá me dizer: - Não desiste,
Enquanto eu puder bater
Não vamos ceder,
Atravessamos tantas tempestades,
Que só com nosso histórico,
Podemos nos nomear como "milagres"
Não são as grandezas que marcaram
Nossa história, mas os detalhes
Que muitos se passaram despercebidos.