Abismo

No abismo da dúvida,

Exausto de tanto me desatar

Em crises amargas,

Que deixam minha mente bagunçada,

Aos poucos senti meus calcanhares

Desgrudar.

Eu fui caindo

Numa profunda incerteza

Que me deixou surdo

No silêncio da queda

E minha voz branda

Foi sumindo

Na vasta escuridão

Em um declínio sem fim

Escutei o baque do meu coração

Se arrebentando em mim.

O silêncio foi rompido,

Quando minha queda

Foi interrompida

Pelo bumbo do meu coração arrebentado,

Mas propulsor,

E a escuridão foi ganhando cor

Dançando com nossa decolagem,

Como estrelas cadetes, fizemos nossa viagem.

Aprendi uma honrosa lição,

Que apesar dos medos e das incertezas

Sempre posso contar com meu coração

Embora estável, porém, persistente

Sempre irá me dizer: - Não desiste,

Enquanto eu puder bater

Não vamos ceder,

Atravessamos tantas tempestades,

Que só com nosso histórico,

Podemos nos nomear como "milagres"

Não são as grandezas que marcaram

Nossa história, mas os detalhes

Que muitos se passaram despercebidos.

Ricardo Palermo
Enviado por Ricardo Palermo em 24/10/2024
Código do texto: T8181401
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