Cicuta

Há um som que ecoa nas noites frias

Nos corações gélidos, No inverno

das almas perdidas, vazias

Que procuram por um abrigo terno

Esse som, sem verbo ou melodias

É um som similar ao do inferno

Jamais se ouve ao andar dos dias

É um som da alma, quase interno

Que o vento mais forte não carrega

E o ouvido mais sensível não escuta

Mas que a todas mentes cega

E tem o sabor tenro da cicuta

E ainda o mesmo fim que ela entrega

Que é o entregar-se de qualquer luta

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 23/09/2024
Código do texto: T8157896
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