Cicuta
Há um som que ecoa nas noites frias
Nos corações gélidos, No inverno
das almas perdidas, vazias
Que procuram por um abrigo terno
Esse som, sem verbo ou melodias
É um som similar ao do inferno
Jamais se ouve ao andar dos dias
É um som da alma, quase interno
Que o vento mais forte não carrega
E o ouvido mais sensível não escuta
Mas que a todas mentes cega
E tem o sabor tenro da cicuta
E ainda o mesmo fim que ela entrega
Que é o entregar-se de qualquer luta