Liberdade

O desespero lateja no dedo

As teclas sofrem o desespero do grito da garganta

Pareço perdida, sem chão, sem direção

Como se uma estaca estivesse cravada em meu coração

Os anos parecem não ter me ensinado

nem as decepções que, há tempos, me corroem por dentro

e me fazem desacreditar no ser humano.

Por anos me entregando ao desconhecido

Esperando que se torne meu e único

No final, é só mais um no meio da multidão

inundando no meu inconsciente sombrio

de dor, tristeza e decepção.

Sinto como que já esperasse por isso

Mas pensava ser em uma vida passada

No fim você me fez viver tudo o que mais temia

Ao me entregar por inteiro, cometi o maior erro

mais uma marca em meu coração

Outra mancha de desilusão.

Porém, embora seja este o seu desejo,

Não me entregarei ao desespero

Nem correrei aos seus braços

Para a dúvida eu nem darei espaço

Pois sob tudo, todos e qualquer coisa

a minha alma grita liberdade e felicidade