A tudo, sempre dê graças.
Eu vi o sol nascer e rasgar da noite o véu,
Eu vi o alvorecer a tornar desnudo o céu.
Eu vi o homem madrugar,
Uns oravam, outros corriam…
Eu vi o homem se alegrar,
Uns assoviavam, outros sorriam…
Eu vi o homem se entregar,
Uns bocejavam, outros dormiam…
Vi o homem se extremar,
Uns resmungavam, outros teciam.
Eu vi o dia entardecer, no vapor de um mormaço,
Vi o homem se remoer, dando pinta de cansaço.
Eu vi as estrelas voltarem o firmamento povoar
E quais vagalumes piscarem, num prateado lunar.
Há homens que somente o mal o depura,
A outros bastam-lhes a ternura.
Uns de cansaço se estiram, outros à insônia se entregam,
Uns, profundo respiram, outros as bençãos renegam.
Os sensatos se ajoelham e gratos permanecem,
Os que ingratidão semeiam,
Irão colher o que merecem…