Doidiça Ciclotímica
Final de ano,
Cheiro de assado no ar,
Amigo secreto,
Presentes,
Festança em qualquer lar,
Bla-bla-blá na roda de amigos e familiares,
Povo em estado de graça:
Euforia;
Cerveja no copo,
Cachaça no Corote,
Lula no Planalto,
Picanha na brasa,
Erva no cachimbo,
Alegre porre no bar.
O que mais posso Eu querer?
Não,
Depressão,
Não.
Definitivamente,
Não estou para você,
E se quiser ter-me em sua cama em 2024,
Respeite o que peço,
Neste final de ano,
Por algumas semanas,
Nem adianta dizer que sou seu amor,
Fique onde está,
Nem venha me procurar.
Por favor,
Deixe-me viver,
Respirar alguns dias dos 365 dias do ano,
É o que te peço,
Pinto e bordo,
Nesse estágio comportamental,
Não teço.
Seria Eu,
Um veio pançudo;
Curvado com um saco murcho,
Pelo qual,
Todos clamam,
Botando botinhas nas janelas e chaminés,
Ranzinza bipolar,
Que vocifera: "muito dinheiro no bolso,
Saúde para dar e vender,"
Porém,
Só tem frieiras e bichos nos pés.
Ho, ho, ho!
Apagada,
110,
220 volts:
A vida é uma eterna troca de fase!