Acordar
Ao abrir os olhos
Ninguém pode dizer o que vê
Então não se está consciente
Da realidade ao seu redor
E por mais que seja verdade
Que os olhos estão abertos
Não se pode dizer o mesmo
Quanto ao fato de se está acordado.
Passa o tempo
E um sol vai revelando sua luz
Estar se acordando
Aquele que vive
Até o momento,
Quando este chega,
De, aquele que vive,
Contemplar o sol plenamente.
Mas aí então pode acontecer
De este vê seus passos
Passados,
Fazer o caminho inverso
De por onde andou,
E decidir então não caminhar
De certo jeito,
Daquele jeito que andou
Quem em sua mão segurou
E perceber que agora
Pode andar sozinho
Segundo novas concepções
Que em si a luz daquele sol
Depositou...
Quer seja certo ou errado,
Que assim o fizer
É porque não acordou...
E se foi a luz que viu,
Se foi essa luz que o animou
Não há porque pisar errado
Posto não ser mais cego
Aquele que sabe por onde caminhou...
Todavia se alguém traz
Escamas sobre os olhos
Não vai se importar
Se acertou ou errou...
E assim não terá censo,
Não verá a verdade,
Se era ou não luz
Aquilo que o animou
Desta forma não se importa
Com o agente que iniciou,
Ainda dorme, e profundamente,
Jamais acordou...
16.05.2011