Caminho II
Caminhos II
Em que ponto se chega ao alcançar algum lugar?
Desviar rotas, ou apenas ver o tempo passar?
Nada é tão incerto quanto a distância,
Pode-se sentir, e se perder no infinito.
O esquecimento, essa vastidão abissal,
Torna-se distante, onde os pontos não se entrelaçam.
A areia que escorre entre os dedos,
Um dia brilhou lá no firmamento.
Nosso deserto é vasto armazenando constelações,
Cada grão de areia um reistro cosmico.
As madrugadas, que um dia foram radiantes,
Se apagarão, e nada além dos caminhos restará sob os pés.
Mas, a viagem intrépida,sempre continuará,
Passo a passo deixa sua marca numa constelação única.
A jornada, tecida pelas linhas do destino,
É o esboço de um mapa entrelaçado entre o tempo e o espaço.
Em cada desvio, encontra-se novos horizontes,
E mesmo quando as madrugadas se extinguem,
A memória das trilhas percorridas
Permanece, uma luz cintilante na vastidão do esquecimento.
por Airton ParraSobreira