Arcou, mas na Arca que armou, Noé não embarcou

Feito Sócrates grego,

Ele observa ao seu redor,

Para para pensa-lo,

Dispensa um tempo de seu dia para escrever sobre o visto e pensado;

Ninguém dá olhos,

Vidas estabanadas,

Ninguém dá ouvidos,

Não é lido.

Contudo,

Lida bem com isso,

Aliás, com tudo;

Exceto que ao ouvir os sinos dobrarem,

Os ratos, baratas, pernilongos, lesmas e as pessoas de

sua cidade - cidade pequena, o número pessoas é menor que o da Rocinha, menor ainda, que os engaiolados do morro do alemão - fazem fila,

E o séquito caminha com velas nas mãos,

Segue em direção,

Para o cemitério,

Vão.

Será que toda vez que os sinos dobram é dia de finados; ou estão inovando, fazendo Black Friday de bazar / brechó no cemitério?

Riqueza de corruptos é:

passar honestos elefantes e sérios hipopótamos pelo buraco de uma agulha; e ao realizarem a proeza, serem galardonados com o Reino de Deus, ou com o Poderoso Reino dos Homens.

Elefantes e hipopótamos passarem no buraco de uma agulha e alcançarem o Reino de Deus é conotativo / metafórico, mas os fortes e poderosos ganharem uma ou mais "boquinhas" reino dos homens na Terra é, deveras, possível.

Existem certas bondades praticadas pelos bondosos, que não são contabilizadas por Deus; motivo dos tais bondosos procurarem outros meios de serem recompensados pelos feitos.

Com efeito, se não conta para Deus e o bondoso trabalhou, operou, fez para o diabo; e certamente o nome do fulano constará - rubricado, chancelado, reconhecido firma em cartório e tudo mais - em sua caderneta.

Lua conselheira?

Vagalumes piscam sob brancas nuvens,

Estrelas brilham,

A Lua,

Solitária conselheira,

Contempla.

Abraço:

Concordas que há braço que cura, cavuca, sova, cava cova; e após o geometra medir sete palmos de fundura por dois metros e vinte centímetros, chega terra nos olhos que não nunca se viram, tapa tudo e dá por encerrado o trabalho feito pelos abraços.

Avalanche:

A força de dois ou mais há braços,

Removem montanhas,

Enobrecem os homens,

Soterram vidas.

E dispensam tsunami,

Mar e moto,

Ciclone,

.

.

.

Na arte do aqui é o fim de linha,

Sem desvio,

Do aqui se encerra,

Dispensam até Guerra!

P.S.: "nós deveríamos nos preocupar mais com a escassez de inteligência natural, do que com a

abundância de inteligência artificial" - Helena Galvão

Mundanos:

Tocada pelo vento,

Para lá, para cá,

Árvore sem raízes,

Está em todo lugar,

Em nenhum lugar está,

E não promete se fixar.

"Acompanhar o vento é isso".

Bizarrice animal:

Relâmpagos e trovões,

Céu ameaçando chuva,

Formiga bunduda corre atabalhoada,

Ao furar o semáforo vermelho,

É perseguida pelo guarda rodoviário,

Não deu tempo de multa-la,

Pelo bico de uma galinha foi parada.

"Huuum, apetitosa essa frangota!"

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 08/11/2023
Reeditado em 09/11/2023
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