Poema do Cidadão de Bem (Cuidado! Este poema contém altas doses de sarcasmo)
Ah essas pessoas irritantes
Que insistem em chorar pelas crianças
Bombardeadas, famintas, quase vivas
Que sequer foram, um dia, esperança
Essa pieguice lacrimosa, tolo pranto
Esse espanto quase infantil
Diante de algo tão humano
Quanto o direito à guerra viril
Esse lamento por direitos humanos
Pra quase humanos, quase gente
Tormento insano. Disse o Senhor:
Quem ontem dor causou, hoje a sente
Entoam o mantra da empatia
Como se primazia deles fosse
A culpa tem um sabor acre
Meu paladar só aceita o doce,