Poema do Cidadão de Bem (Cuidado! Este poema contém altas doses de sarcasmo)

Ah essas pessoas irritantes

Que insistem em chorar pelas crianças

Bombardeadas, famintas, quase vivas

Que sequer foram, um dia, esperança

Essa pieguice lacrimosa, tolo pranto

Esse espanto quase infantil

Diante de algo tão humano

Quanto o direito à guerra viril

Esse lamento por direitos humanos

Pra quase humanos, quase gente

Tormento insano. Disse o Senhor:

Quem ontem dor causou, hoje a sente

Entoam o mantra da empatia

Como se primazia deles fosse

A culpa tem um sabor acre

Meu paladar só aceita o doce,

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 22/10/2023
Código do texto: T7914761
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