Lampejos Leminskianos

Conseguir atingir o clímax da poesia.

Da poesia cuspida e escarrada.

Da poesia urbana.

Da poesia que a gente vive no dia-a-dia .

Da poesia da sociedade quando estamos falando com as pessoas.

E num impulso, num lampejo " Leminskiano", transformamos em arte e

em lirismo

toda rotina embriagada, entorpecida e cega de chatices que vivemos.

E fabricamos um bolo confeitado com palavras rebuscadas, essa maisena insossa que nos assola, que nos choca , nos bate, nos liquidifica e nos arrebata, peremptoriamente, em nosso dia-a-dia.

Este é o auge da poesia, o paroxismo da arte:

- Conseguir transformar em beleza tudo que é feio aos olhos incautos e pintar um novo quadro, conceder um " it ", um toque, um " quê "de beleza e airosidade, àqueles que já vieram ao mundo desprovidos de tais predicados.

Poesia é o que a gente faz no minuto seguinte, após nosso olhar se chocar com a crua e nua realidade.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 14/06/2023
Reeditado em 07/09/2023
Código do texto: T7813788
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